Será que a visão que temos do Corpo de Cristo hoje é a mesma que da Igreja primitiva? Estamos no mesmo poder, vivendo na mesma plenitude? Ou será que estamos muito distantes do padrão do passado? Algo aconteceu nos primeiros séculos da igreja cristã, houve um desvio. O simples fato de existir antagonismo entre lei e graça é um espelho de que a Igreja se desviou de suas raízes bíblicas. Essa teologia foi propositalmente modificada por alguém que não queria que soubéssemos a verdade.
A principal pergunta desse estudo é será que estamos, como muitos de nós já tanto ouvimos, “na dispensação da graça”? Será verdade que “não estamos mais debaixo da Lei”? Quantos de vocês já não ouviram pelo menos uma das frases abaixo?
- A Lei é ruim, a graça é boa.
- Moisés nos deu a Lei, mas Jesus nos deu a graça.
- Estamos na era da graça e na Antiga Aliança existia apenas a Lei (os mandamentos vigoraram só até Cristo).
- Jesus anulou a Lei com a obra da Cruz, pois “o fim da Lei é Cristo”.
- Paulo instituiu uma nova religião, onde pela graça somos salvos e não mais pela guarda dos mandamentos.
- Israel e o povo judeu não são mais escolhidos, pois Jesus estipulou uma nova aliança com a Igreja.
- A Igreja é o novo “Israel espiritual” de Deus.
A teoria por trás dessas frases é falha. É um desvio dos moldes da comunidade de discípulos no 1º. século depois de Cristo! O antagonismo entre lei e graça não é bíblico, ele foi criado para distanciar a Igreja ainda mais de suas raízes, distanciá-la de Jerusalém. A Igreja não nasce em Roma ou na Grécia, como muitos de nós sempre ouvimos, a Igreja nasce em Jerusalém.
A verdade é que “lei” foi uma péssima tradução para “torá” no hebraico. Torá simplesmente significa instrução. Assim, fomos erroneamente ensinados que o contrário de lei (torá) é graça. O contrário de lei é pecado (hattah), pois pecar significa errar o alvo, errar o caminho!
Deus é o mesmo hoje, ontem e pra sempre. Ele foi o mesmo lá no Sinai, no monte Sião como o é aqui no Brasil. Ele é o mesmo, Ele não se arrependeu. E por isso Deus começa a despertar a Sua Igreja para restaurar essas raízes à luz das Escrituras!
Já tivemos reformas ao longo desses dois mil anos e elas foram todas importantes. Um exemplo é que já saímos de Roma. Por causa dessas reformas muitos de nós estamos aqui hoje, mas não é mais hora de reformas. É hora de RESTAURAR. O propósito da restauração é reviver. Para restaurar você tem que ser fiel às origens, não pode usar elementos estranhos. Você quer avivamento? Entenda que não há avivamento sem lei. Não existe avivamento sem Israel, sem judeu se convertendo.
Matheus Zandona
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